Os km da ponte de S. francisco deram-me volta à cabeça e, ao percorrê-los, dei comigo numa grande zanga comigo próprio. Pode ter sido pelo ritmo sincopado e pelo vento alinhado. Sei apenas que, na outra margem, era um outro eu que guiava aquele carro.
Este episódio, foi mais um, à medida daquilo que à falta de outro conceito mais próprio, eu designava pela minha espécie de "desaparafusação interior". Nunca me importei em investigar.
sábado, 27 de março de 2010
quarta-feira, 24 de março de 2010
O silêncio do norte acima do paralelo 70
A minha vida, que há muito era uma espécie de road movie without a road, levou-me para onde sopra um vento frio e a luz é, as mais das vezes, envergonhada. Estar só, no meio de espaços que me tinham só a mim, faziam-me sentir em comunhão com o silêncio. Curiosamente, isso fazia-me ouvir melhor os meus barulhos interiores.
Foi ali, que pude entender que tenho vivido assustado, pelo medo que trago no peito e que se agiganta, me assusta e inibe em todos os momentos dos dias e das noites, não me deixando correr o menor risco.
Tolhido pelo frio e encantado com o silêncio, deixei-me ficar por ali, no meio de um norte branco, onde nada me incomodava, nem eu próprio.
Foi ali, que pude entender que tenho vivido assustado, pelo medo que trago no peito e que se agiganta, me assusta e inibe em todos os momentos dos dias e das noites, não me deixando correr o menor risco.
Tolhido pelo frio e encantado com o silêncio, deixei-me ficar por ali, no meio de um norte branco, onde nada me incomodava, nem eu próprio.
Subscrever:
Mensagens (Atom)