Do que ficou e do que se foi não tenho a noção do tamanho nem dos sais residuais que continuarei a encontrar.
Porquanto a água me deixe boiar e o sol não me desidrate, continuarei, não longe do triângulo das Bermudas.
Sentei-me debaixo das acácias, cobri-me de camadas e camadas de sons de guitarras que faziam rodopiar as folhas enquanto, a mim, apenas me sustinham vivo.
Nesse preciso momento, paleontologicamente falando, eu que, algures na minha vida, devo ter feito um pacto com a gravidade, senti uma enorme vontade de trepar pelos ramos.
Não o fiz e continuei sentado, acompanhado pelas memórias, sempre à mão quando delas se precisa. Talvez por saber que aquelas que me dão motivos para acordar e que, sendo as mais voláteis, são exactamente as que mais se impregnam, adormeci.
Talvez consiga viver mais anos, agora que me movo a inércia.