A missão era de paz mas eu não a tinha.
Mesmo assim aceitei-a e fui. Fui até chegar a uns quantos fusos horários depois, cheios de ervas, a cheirar a humidade, protegidos por bidons e poeira. Nada que chegasse para me pacificar.
Por obrigação, tive que me instalar na cidade Branca e ouvi-los. Falavam demais. Para me compensarem - julgo que tenha sido, mas pode apenas ter sido porque e não para - deram-me um quarto com vista para o Danúbio de onde podia ver as minhas aspirações penduradas nas estrelas, quando as havia.
As poucas horas de sono, numa cama que eu não queria, completavam o meu cenário de missão.
Tendo por companhia, os reflexos das luzes néon que me entravam pela janela, assim me gastava, a perpetuar a vida que me dei.
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