Depois de muitos kms ao volante, os néons de um lugar no meio do nada, quase que me ordenaram que ali me detivesse.
Era verão e eu estava muito longe de casa e ainda mais de mim próprio.
Talvez por isso, estacionei mesmo à frente de uma tabuleta de madeira (lembro-me da corrente que a suspendia e dos 3 nós que deixavam adivinhar a idade do tronco que já tinha sido) e desliguei os faróis.
A lua estava cheia e The Duck Creeke Tavern também.
A atmosfera era um pouco dark, os personagens surpreendentemente interessantes e eu, que não tenho interesse nenhum nem sou ninguém, senti-me bem ali, provavelmente porque o pianista de Jazz me surpreendeu com uma música das minhas, como se a tivesse tirado de dentro de mim.
Completamente embalado pelo mar e pelos sons de um Air A Danser que o pianista repetidamente tocava, entalado num local que se viria a revelar estranho, consegui adormecer.
Nessa noite sim, adormeci. Tinha-te ali.
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