segunda-feira, 10 de maio de 2010

O Síndrome Vodkaiko de Владивосток

Por razões que tem a ver com a frota que por lá está estacionada, alojaram-me na cidade, sem me perguntarem se estava afim de passar uns dias naquele Far East gelado, numa altura em que a água rebentava com os radiadores e o vodka era a base do auto-sustentado aquecimento.

O corpo humana assim alimentado, transforma-se numa espécie de destilaria que dá guarida a uma espécie estranha de células que não conseguem ser assimiladas e são expelidas, por ordens vindas de dentro. Imediatamente antes de isso acontecer, fica-se com uma sensação de enfarte e no após, esquece-se tudo.

Foi num Maio longínquo, sob o efeito daquilo que já não me lembrava, num cenário branco, no meio do nada, que percebi o que era o Síndrome Vodkaiko.

Não hesitei, bebi mais um copo, saí do hotel com vista para a baía, apanhei o Trans Siberiano e fui-me embora dali.

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