Debaixo de um tecto que domina um espaço vasto onde se aglutinavam diferentes sons, estava eu sentado, confrangedoramente dobrado sobre aquilo em que me tornei, quando decidi beber o copo de água, que me arrefeceu por dentro.
Escolhi um copo transparente, fino e de rebordo suavemente arredondado. A água, aí vertida, soluçou ao cair mas não se revoltou. Olhei o copo, olhei a minha mão que o agarrava, cheguei-o para mim e disse-lhe baixinho: sabes, bebo-te agora antes que morra.
Talvez por não ter escolhido um copo de design, coisa que, à minha volta era fácil, não me recordo do que senti quando o pousei.
Apenas continuo a senti-lo nas mãos.
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