Os barulhos em algumas cidades são assim uma espécie de cruzamentos de sons que nos trespassam (leia-se fazem-nos sentir vulneráveis).
Em Amesterdão, onde as gentes que se deslocam de forma aleatória, esses sons, que se misturam com o vento, disfarçando-se em vestes musicais, são reveladores.
A horas mágicas, como as 6h da manhã, às vezes com uma cerveja fresca em cima da mesa à nossa frente, um cheiro a pólen no ar misturado com aquele que sabemos ser de mar e que, inadvertidamente pensamos ser amar, invadem a nossa pequena existência de forma delicada.
É nessas alturas, que se ouve claramente um sax que nos grita.
Nós, respondemos sem nos fazermos ouvir.
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